Estrabismo

Olá caros visitantes! 
Hoje é a minha vez de vos informar acerca do Estrabismo, um problema oftalmológico que consiste na perda do paralelismo entre os olhos.
A forma mais comum é o desvio convergente (desvio de um dos olhos para dentro) mas também podem ocorrer desvios divergentes (desvio para fora) ou verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro).

Os estrabismos podem apresentar-se de três maneiras:
  • constantes, em que o desvio dos olhos é constantemente observado. Designam-se de monoculares quando é sempre o mesmo olho que se desvia e de alternantes quando se desvia ora um, ora outro;
  • intermitentes: ora os olhos estão alinhados ora estão desviados (mais frequente nos estrabismos divergentes);
  • latentes: só são verificados com testes ao exame de motilidade ocular. 
As consequências e os sintomas do estrabismo variam com a idade em que aparece e com a maneira como se manifesta.
A visão desenvolve-se essencialmente nos primeiros 6 anos de vida.
Os estrabismos que aparecem antes dos 6 anos de idade possuem um mecanismo de adaptação que faz com que haja supressão da imagem que cai no olho desviadoe então a criança ou o adulto que ficou estrábico dentro deste período não apresenta visão dupla.

Nestes casos, se o desvio aparece no mesmo olho, vai haver uma diminuição da visão (ambliopia) do olho desviado.
Em qualquer idade, as pessoas com estrabismos latentes queixar-se-ão de cefaleias pelo esforço que fazem para manter os olhos alinhados, porque em situação de desvio há visão dupla.

Uma das consequências importantes do estrabismo é o torcicolo (também designados de torcicolos oculares), ou seja, a criança, para usar melhor os dois olhos a criança gira e inclina a cabeça para uma dada posição.

Os estrabismos apresentam um carácter hereditário irregular, isto é, podem aparecer em gerações de forma alternada.
Outros estrabismos são secundários a algumas doenças como a diabetes, o hipertiroidismo, afecções neurológicas.

Para corrigir os estrabismos recorre-se ao uso de óculos ou à cirurgia.
Operam-se os estrabismos que não são corrigidos com o uso de óculos ou a parte que os óculos não conseguem corrigir.
Designam-se de estrabismos acomodativos aqueles que se corrigem com o uso de óculos (estão relacionados, em geral, à necessidade de correcção do grau de hipermetropia.

Apenas os desvios latentes e os intermitentes pequenos é que são passíveis de serem auxiliados po exercícios chamados ortópticos.

Os doentes estrábicos devem ser examinados pelo especialista logo que haja suspeita de desvio ocular, uma vez que a perda de visão está implicada e além disso, o estrabismo pode ser a manifestação de outras doenças.
Fonte: Grande Enciclopédia Médica "Saúde da Família", V.11

Depois desta explicação tão extensa, deixo-vos uma imagem que ilustra bem esta doença.



Bem, espero que a minha missão tenha sido cumprida! Bom fim-de-semana.
A SemSentido,
Marta

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