Hipersensibilidade auditiva

Olá caros amigos!

Hoje vou falar-vos de um problema relacionado com a audição que é muito pouco conhecido: a hipersensibilidade auditiva.

Alguns indivíduos apresentam uma sensibilidade auditiva excessiva que os tornam intolerantes a certos sons, mesmo em níveis baixos de pressão sonora. Quando em grau elevado, a hipersensibilidade a sons pode ter efeitos devastadores na qualidade de vida de uma pessoa. Qualquer atividade diária com um mínimo de exposição sonora pode ser afetada ou até impossibilitada pela hipersensibilidade, como por exemplo: trabalho, vida social (restaurantes, concertos, cinema), compras, eventos esportivos, dirigir, afazeres domésticos, cuidar de crianças, ir a igreja e outros. 
Como eu já disse, a hipersensibilidade a sons é pouco conhecida e chega até a ser desvalorizada por grande parte dos médicos e fonoaudiólogos e, neste caso, o maior prejudicado é o paciente. Não existem dados sobre a prevalência de hipersensibilidade a sons na população geral e ainda são poucas as pesquisas sobre sua ocorrência  em associação com o zumbido ou a perda auditiva. 
Existem diversos tipos de hipersensibilidade auditiva:

- A HIPERACUSIA que é a tolerância reduzida a sons, mesmo em intensidade moderada. Neste caso o indivíduo apresenta uma reação intensa e anormal das vias auditivas a sons comuns do meio ambiente, como o som de abrir e fechar uma janela, o som de uma torneira aberta, do funcionamento do computador, do tilintar do garfo no prato, por exemplo, devido a uma alteração no processamento auditivo central. Os limiares de audição não diferem dos limiares de indivíduos normais e, ao contrário do que sugere o nome, indivíduos com hiperacusia não ouvem mais que outras pessoas com audição normal;

- A MISOFONIA que é a resposta emocional ou condicionada associada a aversão ou desprazer à exposição a alguns tipos de som. Ocorre uma reação desproporcional do sistema límbico e do sistema nervoso autônomo sem que tenha ocorrido uma ativação intensa anormal do sistema auditivo, em decorrência de um aumento na conexão entre os sistemas auditivo e límbico. É interessante observar que nestes casos o indivíduo pode relatar total aversão à música da boate que fica ao lado de sua casa mas gostar de ouvir música em casa, por exemplo;

- A FONOFOBIA que é o medo da exposição sonora;

Apesar de serem pouco conhecidas, as hipersensibilidades podem ser tratadas com o método que promove a habituação do zumbido, a Terapia de Habituação do Zumbido.

Mas para aqueles que não sofrem desta doença e que gostam de disfrutar de uma boa música, aqui deixo uma dica para o fim-de-semana!





Até para a semana!
O SemSentido
 

Estrabismo

11:01 by Os SemSentido 0 comentários
Olá caros visitantes! 
Hoje é a minha vez de vos informar acerca do Estrabismo, um problema oftalmológico que consiste na perda do paralelismo entre os olhos.
A forma mais comum é o desvio convergente (desvio de um dos olhos para dentro) mas também podem ocorrer desvios divergentes (desvio para fora) ou verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro).

Os estrabismos podem apresentar-se de três maneiras:
  • constantes, em que o desvio dos olhos é constantemente observado. Designam-se de monoculares quando é sempre o mesmo olho que se desvia e de alternantes quando se desvia ora um, ora outro;
  • intermitentes: ora os olhos estão alinhados ora estão desviados (mais frequente nos estrabismos divergentes);
  • latentes: só são verificados com testes ao exame de motilidade ocular. 
As consequências e os sintomas do estrabismo variam com a idade em que aparece e com a maneira como se manifesta.
A visão desenvolve-se essencialmente nos primeiros 6 anos de vida.
Os estrabismos que aparecem antes dos 6 anos de idade possuem um mecanismo de adaptação que faz com que haja supressão da imagem que cai no olho desviadoe então a criança ou o adulto que ficou estrábico dentro deste período não apresenta visão dupla.

Nestes casos, se o desvio aparece no mesmo olho, vai haver uma diminuição da visão (ambliopia) do olho desviado.
Em qualquer idade, as pessoas com estrabismos latentes queixar-se-ão de cefaleias pelo esforço que fazem para manter os olhos alinhados, porque em situação de desvio há visão dupla.

Uma das consequências importantes do estrabismo é o torcicolo (também designados de torcicolos oculares), ou seja, a criança, para usar melhor os dois olhos a criança gira e inclina a cabeça para uma dada posição.

Os estrabismos apresentam um carácter hereditário irregular, isto é, podem aparecer em gerações de forma alternada.
Outros estrabismos são secundários a algumas doenças como a diabetes, o hipertiroidismo, afecções neurológicas.

Para corrigir os estrabismos recorre-se ao uso de óculos ou à cirurgia.
Operam-se os estrabismos que não são corrigidos com o uso de óculos ou a parte que os óculos não conseguem corrigir.
Designam-se de estrabismos acomodativos aqueles que se corrigem com o uso de óculos (estão relacionados, em geral, à necessidade de correcção do grau de hipermetropia.

Apenas os desvios latentes e os intermitentes pequenos é que são passíveis de serem auxiliados po exercícios chamados ortópticos.

Os doentes estrábicos devem ser examinados pelo especialista logo que haja suspeita de desvio ocular, uma vez que a perda de visão está implicada e além disso, o estrabismo pode ser a manifestação de outras doenças.
Fonte: Grande Enciclopédia Médica "Saúde da Família", V.11

Depois desta explicação tão extensa, deixo-vos uma imagem que ilustra bem esta doença.



Bem, espero que a minha missão tenha sido cumprida! Bom fim-de-semana.
A SemSentido,
Marta