O Mundo na Ponta dos Dedos

Olá,

Hoje vou falar-vos de uma exposição que ocorreu no Liceu Latino Coelho, no passado dia 12 de Maio, intitulada "O Mundo na Ponta dos Dedos". Conseguem adivinhar quem organizou? Os SemSentido, claro!
Esta exposição foi dedicada às pessoas invisuais e demos especial atenção ao di-a-dia de uma menina de 12 anos, a Ana Filipa, que, sendo invisual, esforça-se para ultrapassar as dificuladades que advêm desta deficiência.

A actividade realizou-se na biblioteca da escola e estava aberta para quem a quisesse visitar.
Na exposição estavam expostos vários cartazes com informações acerca de Louis Braille (criador do sistema de leitura para cegos), famosos invisuais (como Ray Charles, Stevie Wonder, entre outros), existia também um cartaz sobre como são as aulas de educação física para alunos invisuais.

Por toda a biblioteca estavam expostos os materiais escolares da Ana Filipa, como mapas em relevo, estojo de desenho a sua calculadora com voz e o material mais concorrido da exposição, a máquina Braille.

Os alunos e professores foram convidados a escrever na máquina Braille com a nossa ajuda e ajuda de um cartaz, feito por nós, que continha o alfabeto braille e alguns símbolos necessários para a escrita.
Os visitantes adoraram a experiência de escrever os seus nomes ou mensagens em braille e com isto perceberam como é difícil a apredizagem deste sistema. Se eles tinham dificuldade em escrever e estavam a ver claramente, imaginem o que é aprender tudo isto sem nunca ter a ajuda da visão.

Mas o ponto alto da nossa actividade foi mesmo a visita da aluna Ana Filipa, acompanhada pela Professora do Ensino Especial Celina Miranda, que nos ajudou bastante na organização da exposição.
A aluna falou para uma turma do 8º ano e para as alunas do ensino especial da nossa escola, acompanhadas pela Professora Dina (que também nos auxiliou muito). O público ouviu-a com muito interesse, pois ela contava como era o seu quotidiano e os alunos ficavam um pouco espantados com a facilidade com que ela fazia algumas das tarefas diárias, mas também se aperceberam que é necessário muito esforço e empenho para contornar as dificuldades desta deficiência.

No final da conversa da explicação, a Ana Filipa escerveu na máquina Braille o nome de todos os alunos que estavm no público e alguns que entretanto foram chegando.

As exposição teve tanto impacto na nossa comunidade escolar, que nos convidaram a alargar o prazo da atividade ficando todos os materiais expostos até sexta-feira.

Estamos muito contentes com o resultado desta actividade. Cumprimos o nosso objectivo, cativámos a atenção dos alunos da nossa escola e cultivámos o respeito pela diferença.

São iniciativas como esta que aos poucos vão melhorando a sociedade, incutindo valores importantes aos "pequenos cidadãos".

Espero que tenham gostado da nossa ideia e que a reproduzam sempre que possível. Podem sempre contar com a nossa ajuda.

Até para a semana!
A SemSentido
Ana Sofia

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